terça-feira, 18 de dezembro de 2007

What the hell is fluxus?

Put that phrase into google and see what you get -- I still can't figure out what fluxus is, but it is fun and seems to be harmless (unless you call wasting time harmful).

I figure it must be better than playing mindless video games.

Check it out: http://fluxlisteurope.blogspot.com/

domingo, 9 de dezembro de 2007

Walking On The Moon

If this does not make you smile and tap your feet, nothing will! Have a nice day!!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Proust é Tudo por Arnaldo Jabor

Estou emocionado. Acabo de ler a última página de "Em Busca do Tempo Perdido", de Marcel Proust, "O Tempo Redescoberto". Sim, eu nunca tinha lido Proust, confesso, a não ser o primeiro volume, "No caminho de Swann", mas depois deixei cair e não continuei. Pois nos últimos cinco meses não fiz outra coisa senão ler a obra completa de mais de 3.000 páginas e, agora que acabei, tenho vontade de começar de novo, como se a vida se me esvaísse e eu precisasse de novo alento. Fechei o livro como se perdesse um amigo. Como pude viver tanto tempo sem conhecer este grande herói da solidão da arte que nos ofertou sua própria vida, uma vida que ele viveu "fora" da vida mesma, solitário observador na malta de mundanos quando freqüentava a sociedade frenética dos salões da Terceira República francesa, ainda com os ecos do Segundo Império? Aquela sociedade, que era a perfeita lente de aumento sobre as paixões e vaidades rasteiras em sua aparente sofisticação, ali, antes e durante a Primeira Guerra, uma sociedade oscilante entre a aristocracia decadente e a burguesia afluente, num jogo de fascínio e desprezo mútuos, ali, no começo do anti-semitismo do século XX e das tragédias que iam culminar em Hitler e que deixou rastros até hoje.

Proust ilumina o momento mais fecundo do modernismo, ele, um cubista dos sentimentos, sob o mesmo vento que batia em Joyce, Picasso, Freud, Einstein, vergado sob a relatividade do espaço-tempo, sofrendo a explosão do Sentido, a irrupção do Inconsciente. Mais que Joyce (perto de Proust, ele parece um frio fazedor de trocadilhos), ele inventa a literatura moderna.

Na vida que levo, comentando a vergonha de nossa política, em meio à decadência da arte, da cultura morna e paralítica, ao lê-lo, tive a sensação de alguma coisa relevante, alguma coisa que toca o "real" e que raspa o mistério sempre inalcançável da existência, a presença arrebatadora do sublime, no sentido que Kant deu à palavra, emoção que em literatura, que eu me lembre, só tive com Shakespeare e com a "Ilíada".

O leitor vai torcer o nariz e perguntar, irritado com meu entusiasmo: "Mas, afinal, por que? Qual é a dele, desse tal de Proust, que dizem que era veado?"

Não quero fazer filosofia barata em cima dele, pois ele escapa a qualquer síntese, como a própria vida. Mas acho que "a dele" era a seguinte: Proust encetou uma tarefa impossível - atingir o real. E a beleza trágica dessa impossibilidade acendeu a luz irradiante da obra. Ele busca a dissecação dos sentimentos pela poética, assim como Freud, na tradição científica. Proust fez a geometria das emoções, descrevendo ciúmes, amores, inveja ou medo com a nitidez de um teorema, com a limpidez de um mapa de geógrafo. Irritava-se quando diziam que ele era um microscópio dos detalhes, pois queria descobrir leis, regras fixas que resumissem a estrutura dos comportamentos.

Que imensa coragem a sua marginalização escolhida! Que solidão! O que fez esse homem ficar à margem da vida, vivendo-a, no imenso sofrimento de tudo ver e de nada participar, diante da feliz insanidade dos homens comuns, ele, uma bicha solitária em pleno preconceito dos anos 10, ele, com uma sensibilidade que doía a cada ridículo, ele que transformou a própria anomalia em arte total, ele que escreveu uma "Ilíada" interior, um Homero de aparentes irrelevâncias, sem fim nem começo, indo da infância até a morte num trajeto circular e recorrente, indo da natureza que examinava em detalhes até os salões de duques e príncipes, ele que se detinha nos irisados matizes de uma corola, desde o brilho róseo, lunar e suave das flores nos bosques até os tremores de cílios da vaidade, os lábios vorazes da glória mundana, a dentadura brutal do rancor, o esgar da inveja, o desespero da solidão sexual nos bordéis para masoquistas, a crueldade dos amores egoístas, o ciúme como tortura desejada, tudo em uma sociedade se contorcendo sob a luz negra da Primeira Guerra, Paris trêmula, com viciados sodomizando-se no breu dos túneis do metrô, sob as bombas dos aviões alemães, a bravura sem prêmio de soldados, a covardia de duques arrogantes, o horror do caso Dreyfus dividindo a sociedade em anti-semitas e democratas, o ridículo profundo que ele analisava com compaixão e sem dele se excluir, ele, que tudo via, com uma mente de Dante, de Homero, com o olho feminino e atento tanto para as nuances do vermelho Carpaccio das sedas da duquesa e dos azuis Veronese de um robe de Fortuny, como para a morte latejando nas artérias de príncipes envelhecidos nos salões, e sempre imolando a vida à arte, querendo deixar algum vestígio no Tempo, pensando não em leitores que o aprovassem, mas, generoso, para criar "leitores de si mesmos" (como ele escreveu), para ser uma espécie de lupa que lhes desse meios de se lerem. Essa é a sensação de vazio que me toma. Enquanto eu o lia, eu me lia, estava perto de verdades profundas, aparentemente tão rasas e mundanas. E agora que acabei, penso: "Que será de mim sem ele?" A mediocridade geral da República volta como uma maré suja, as notícias do erro nacional, as imagens da feiúra, a morte da beleza batem à porta.

Escrevo este artigo com sentimento de culpa (vejam vocês), pois estou falando de Proust em vez de Renan Calheiros... Que vão pensar de mim? Imagino o leitor: "Será que ele está querendo se exibir, bancar o culto? Como ousa falar de alguém ’artístico’ neste mundo em que a superficialidade da arte e da cultura está na razão direta da complexidade crescente da tecnociência?

É verdade. Talvez seja um pecado falar essas coisas. Proust vive em um mundo acabado, no início do século XX, quando ainda havia a extraordinária importância da arte, da pintura, música, literatura. E havia alguma esperança de Sentido, quando esse "sentido" já se esvaia e os grandes artistas do modernismo tentavam salvar o afogado. Talvez o maior êxtase de ler Proust resida em nos lembrarmos de como era a beleza, como era a esperança na arte.

E tem mais: nós não estamos no futuro desse tempo passado, não. Com todo o progresso da informação e da tecnologia, nós somos sua decadência.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Naomi Wolf and "The End of America"

More than 10 years ago, I sat in an auditorium on the campus of Southern Illinois University in Carbondale, Illinois, and listened in dismay as Naomi Wolf stood there and expounded on her anti-male ideas during a permanent honors lecture series held in honor of my maternal grandfather, Charles D. Tenney. Her ideas were so anti-male that I felt compelled to stand up and call her to task on them, and added that my grandfather would never have countenanced her ideas. After the question-and-answer session was concluded, three men (including the organizer) came to me to thank me for standing up for all males. You know, as a woman, I know that there are plenty of male jerks out there, but I also know that there are many good men. My grandfather was one of them, as was my paternal grandfather, as was my father. Naomi Wolf had gleefully used the Greek myth of the hunter Actaeon being torn apart by his own dogs because he had had the temerity to watch as the Greek goddess Artemis was bathing in a pond. Ms. Wolf seemed quite amused by this and evidently applauded his terrifying death. I was appalled. I was even more appalled when Al Gore had her as a campaign adviser. I thought, "What an East Coast, media-created twit of a woman!" and I questioned his judgment but voted for him anyway -- what was the alternative?

Possibly, Ms. Wolf has now matured. Let us set aside, for the moment, her idiotic ideas on men and look at her more cogent ideas concerning the Bush administration's systematic destruction of our democracy because on these I cannot disagree.

She lists 10 points:

1. Invoke a terrifying internal and external enemy

2. Create a gulag

3. Develop a thug caste

4. Set up an internal surveillance system

5. Harass citizens' groups

6. Engage in arbitrary detention and release

7. Target key individuals

8. Control the press

9. Dissent equals treason

10. Suspend the rule of law

For more detail, see her article at this link:

http://www.guardian.co.uk/usa/story/0,,2064157,00.html

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

NIMROD NATION

Hmm... I was born and raised in a small Midwestern town, and if the drought keeps up around this neck of the woods (oops, no woods, I am in Bahia, and the trees were all chopped down years ago), I might just think about hightailing it to Watersmeet to cool my heels for a spell at the corner diner on Main Street. I can see myself drinking that endless cup of thin American coffee served in thick white porcelain while I listen to the comforting sound of snowboots trudging across the old linoleum floors. Yup, I just might do that. Yeah, take in the locals for a while. They'd smile at me and I'd smile right back at them. Friendly folks.
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Marisa Monte Site Oficial -- Official Site

Link to the official website of Marisa Monte (in English):

http://www2.uol.com.br/marisamonte/site/abertura.htm

The site gives the lyrics to many of her songs, as well as the English translations (which could have been much better).

terça-feira, 13 de novembro de 2007

This space is reserved for "Arnaldo Jabor and Yoko Ono: Coming soon, but not together, right now"

I am not one of those who blame Yoko Ono for the end of the "Dream" -- however, it is clear that her singular talent has been her ability to promote her notable lack of artistry. Many years ago, from sheer curiosity, I listened to her caterwauling. A sample:



OK, here is my sometime hero, Arnaldo Jabor, adding an interesting angle to the historical record:

"Por que jamais gostei da Yoko Ono: a arte da viúva de Lennon tem gosto de nada", Arnaldo Jabor, O Globo, 13 outubro 2007, Segundo Caderno, p. 10.

Conheci Yoko Ono ao mesmo tempo que John Lennon. Ou quase. Eu estava em Londres em 1967, na semana em que foi lançado o álbum Sargent Pepper, que coloria todas as vitrines de King´s Road, quando ouvi falar da Yoko. Lennon a conheceu na mesma época: "fatal encounter". Me disseram: "Tem uma japonesa ai interessante, que vai fazer um "happening" num teatro que vale a pena ver".

Lá fui eu, movido pela "febre do novo" dos anos 60. Yoko mostrou um filme que ela trouxe também para sua turnê em São Paulo. Chamava-se "Bottom" e era um documentário até engraçado, pois ela entrevistava pessoas, apenas mostrando suas bundas, enquando andavam no mesmo lugar. As bundas se moviam e, em "off", ouvíamos suas opiniões sobre a vida. Era legal, pois algumas bundas combinavam muito com as opiniões emitidas. A bunda é também a cara do dono. Talvez seja até mais verdadeira, pois a cara dá para mudar, repuxar, maquiar, mas a bunda fica ali, denunciando tudo, se bem que hoje, com as plásticas, as bundas ficaram mais enganosas. Depois desse filminho simpático começou no teatro um ritual "hippie nipônico" que começou a me irritar. A Yoko subiu ao palco e com um autoritarismo "soft", convenceu a platéia se dar as mãos e a contemplar o "prana", a energia vital que "estava em tudo". Ela era pequenininha, mas visivelmente mandona. Sua mansidão humilde de japonesa, era visivelmente fabricada, ocultando uma grande ambiciosa. Era até bonitinha, de rosto e seios, (bundinha caída...) mas, tinha charme. De repente, lá estava eu de mãos dadas com um inglês desconhecido de um lado e uma senhora gorda de bata colorida do outro, me concentrando minha mente no "universo da Yoko".

O lado babaca dos anos 60 ali se manifestava: uma onipotência holística, mística, um amor geral proclamado a "tudo", o exercício de um poder que não existia. Tudo aquilo era uma bobagem, um evento irrisório, diante da maravilhosa força dos Beatles lá fora, estourando naquele álbum obra-prima, mudando o mundo real, dentro do mercado, dentro da vida concreta, longe das babaquices semi-religiosas que também rolavam na "swinging London". Foi aí que comecei a não gostar de Yoko. Ela não tinha feito nada contra mim, coitada, nem contra ninguem, ainda, mas, como se diz no Rio, gratuitamente, "eu não fui com os cornos dela..."

Aí, passou um tempo e um dia eu vejo que a Yoko Ono estava namorando o John Lennon. Tremi. Senti que mudava uma época. Foi o mesmo tremor, quando soube do "blow job" catastrofico da Monica Lewinski no Clinton, que mudou o Ocidente, o mesmo tremor, quando o Sharon botou o chapéu e invadiu a Esplanada das Mesquitas, a beira do acordo de paz, o mesmo que sinto agora vendo o Paquistão preparar o terrorismo nuclear com suas 30 mil madrassas e o Osama ali nas bocas. (Claro que a escala sísmica é variada, mas o tremor é o mesmo é a certeza do erro sendo cometido).

Nesses dourados anos do desbunde , conviviam lados construtivos e auto-destrutivos. Quando soube do namoro da japonesa filha de banqueiro e radical, eu senti que Yoko tinha entrado para acabar com os Beatles, que certamente ela considerava "caretas". Não por acaso, logo depois, o Lennon declarou que o "sonho tinha acabado", em pleno sucesso do grupo. Imaginem se Yoko teria peito de ir procurar os Rolling Stones com esse papo; o Keith Richards botava ela no olho da rua a pontapés. Mas os Beatles, mais romanticos, mais bobos, deixaram entrar em a vibora que os destruiria. Fálica, castradora.

Nesta época, a humanidade era dividida pelos jovens em: caretas e "muito loucos". Beatles e Rolling Stones. No entanto, ambos eram importantíssimos, pois furavam a parede boçal da cultura de massas, levando adiante uma arte superior.

Mas, na década de 70 (que já se prenunciava nesse ano), surgiu uma terceira força, árida, muda, dolorosa, uma melancólica e ácida recusa à vida criativa, uma fuga do mercado e da criação que chamaram de "conceitual". A arte conceitual era uma sopa-no-mel para oportunistas e gente sem talento. Para esses teóricos, um conceito, uma ideia (ou "a ideia do que eles achavam que seria uma ideia") podia substituir a obra. Tudo era banido: o sucesso, a vivencia estética, o prazer, o mercado, tudo era um dogmatismo simplista da revolução critica que Duchamp tinha feito em 1920. Yoko era um agente da máfia conceitual. Ai começou a corrosão dos Beatles. Em pouco tempo,o grupo estava esfacelado, com o Lennon perguntando como o Paul McCartney podia dormir de noite ("how can you sleep at night?"), como se o grande Paul fosse um alienado, um direitista.

Ai, vi aquela foto otima da Annie Leibowitz, onde o Lennon se agarra como um bezerro nu no corpo de Yoko. Claro que,mesmo dominado pela baixinha, o grande Lennon continuou fazendo coisas ótimas, desde "Imagine" até o "Double Fantasy", seu ultimo disco antes do assassinato.

Mas a revolução "yokoniana" em que consistiu? Que fez ela alem da dissolução dos Beatles? Que apresentou ela ao mundo, se tudo foi feito por ele? Yoko nunca fez nada de relevante, a não ser dominar a alma do cara. Ela inventou vagos eventos, como ficar na cama diante da imprensa, pálidas demonstrações de desgosto pelo mal-do-mundo ( ela declarou anteontem aqui que "as guerras são desnecessárias e poderiam ser resolvidas por advogados..."); pode? E o mais interessante no picareta conceitual como ela, é a ideia de que a própria falta de talento já é um talento, que a bobagem irrelevante já é uma talentosa denúncia da própria arte como coisa "menor".

O que teria havido se os Beatles tivessem existido juntos mais tempo? A esperança teria sido mais longa? O romantismo psicodelico teria derivado para a caretice dos "Saturday Night Fevers" com tanta facilidade nos anos 70?

Por isso, nunca gostei de Yoko. E, ontem, li no jornal uma frase otima de Daniela Thomas, depois da performance da viúva em SP: "Depois de ver tudo aquilo, entendi porque eu queria matar a Yoko na infância.."

Eu também.

If only Arnaldo had met Yoko in Rio and had succeeded in persuading her to accompany him to that derelict coach in his left-wing hideout.

Here is a reaction to Arnaldo's column, written by Sergio Leo, a journalist in Brasília (for link, click here):

O Jabor é um grande cara. Deve ter uns 1,90, pelo que me lembro de vê-lo passar pela redação da Globo em Brasília, sorridente, simpaticão. Não deveria me provocar aquela agonia que sinto quando ouço a deitação de regra que ele despeja na CBN, e me obriga, às primeiras palavras, trocar imediatamente de estação. Também não leio as colunas dele nO Globo, me fazem lebrar as aparições na tv, nos anos 90, em que ele repetia, como mantra: "o país precisa fazer as reformas, as reformas", e eu tinha a certeza de que nem ele nem os telespectadores faziam a mínima idéia de que diabo de reformas ele estaria falando.


O Jabor é um pouco como aquele cunhado bem-sucedido, que ninguém na família sabe por que chegou onde chegou, e que, às vezes, todos são obrigados a admitir que deu uma dentro. Mas, no fundo, prefeririam que tivesse faltado à festa, deixa a gente meio de ressaca. É um retrato bem executado da nossa alegre irresponsabilidade na mesa de bar, nossa arrogância etílica, com todas nossas soluções de todos problemas que os imbecis da humanidade não conseguem ver, ou entender.


Em resumo, o jabor é uma besta. E eu jamais teria coragem de dizer isso na frente dele, pelo tamanho, claro, e pela simpatia: o cara, pessoalmente tem um charme danado, parece até humilde. Grande cara, o Jabor. Se não começar a fazer discurso e bradar por reformas deve ser uma companhia divertida na noite em Ipanema.


Nem ia falar dele; quando não se têm o que falar de bem de uma pessoa, melhor calar a boca que arranjar de graça mais um inimigo na vida. Embora o Jabor sempre possa dizer, como Oscar Wilde (ou foi o Mark Twain, ou a Tônia Carrero, sei lá), que provavelmente me desprezaria, se tomasse conhecimento de minha existência. Esqueça o Jabor. O negócio é que ele dedicou uma coluna hoje à Yoko Ono, e eu já estava pensando em escrever sobre a japa, que entrevistei há algum tempo quando trouxeram uma big exposição dela aqui para Brasília.


(Bela exposição, aquela. Alguns trabalhos interativos, como aquele em que as pessoas podiam pregar cravos em uma imensa cruz de madeira, lances poéticos, omo as gaiolas de desejos, uma tradição japonesa, objetos instigantes, como a instalação toda em branco, de peças pela metade. Interesante o trabalho da velha senhora, que também foi uma graça na entrevista, naquele seu decadente jeito zen-manhattan).


Jabor, vestindo o fraque do marido lá da Marina Colassanti, (qual é mesmo o nome dele?), sobe em seu caixote de malandro descolado e intelectualizado para desancar a arte da Yoko Ono, que ele mostra não entender direito, porque, no fundo, sempre a viu pelos óculos do John Lennon, a pobre bruxa. Cita a Daniela Thomas, a mesma que montou uma exposição em que pôs todos os quadros deitados virados para o teto, num desrespeito total ao trabalho dos artistas*. "Agora entendo porque sempre quis matar a Yoko, desde criancinha", disse a Thomas, depois de ver a performance da anciã, numa boutade feliz. Jabor faz dele a piadinha dela. Pau na Yoko que ela merece.


Ele reclama da falta de relevância do trabalho da Yoko. Poderia falar o mesmo de boa parte da arte conceitual contemporânea, que não conhece. Qual a importância da Alison Knowles, que chamava as pessoas para fazer salada, e essa era sua performance; e, ainda por cima, nunca bebeu chope no Leblon? Se a Alison ao menos tivesse casado com o Paul McCartney... Jabor, provavelmente não tem idéia de quem foram os criadores do Fluxus, deve achar que Nam June Paik é o novo secretário-geral da ONU, e George Maciunas algum desconhecido poeta do Leste europeu. Não faltam críticos de arte no Brasil, mas, como no futebol, em que todo mundo pode dar seu pitaco, nessa entrou o Jabor. Grande cara. E já estou eu aqui falando dele. Quero falar é da Yoko.


Yoko, em São Paulo fez umas performances, constrangedoras como soem ser quase todas as performances contemporâneas (e quem já viu alguns dos vídeos da Marina Abramovic sabe bem do que estou falando). E, ao ler as críticas, fiquei com pena de não ter assistido. Bateria palmas.


Foram dezenas dessas celebridades com prazo de validade que povoam o noticiário: apresentadores de tv, atrizes e modelos, pseudo-intelectuais da indústria cultural, gostosas e testicocéfalos. Uns decididos a gostar do que quer que vissem, afinal era a Yoko Ono lá no palco. Outros, quem sabe, esperando uma epifania, um Cirque de Soleil da arte conceitual, em que a japa do Lennon, após uma profusão de efeitos cibernéticos alucinantes, faria piruetas calistênicas enquanto transmitiria a todos uma iluminadora visão lacaniana do profundo impasse civilizatório em que está atolado o século XXI.


Yoko Ono não fez nada disso. Falo do que não vi, mas imagino o desconforto com que teria visto. Ela atravessou engatinhando o palco, coberta não lembro com o quê, ensaiou uns passos de samba capenga, fez umas micagens. Nada, imagino, muito diferente do que fazia na swinging London dos anos 60, mas algo muito diferente, porém: não era mais a artista relativamente desconhecida que, com um grupo de malucos do Fluxus, investia contra a autoridade dos museus e academias.


Era a anti-musa, a celebridade, a Yoko Ono do edifício Dakota, que se enroscou no corpo magro do John Lennon e só por isso enchia aquela sala de espetáculo. Fez com que socialites microcerebradas saíssem da sala buscando justificativas para gostar do que viram, e os intelectuais deixassem a cena horrorizados com a falta de pudor artístico da japa, que, afinal, não fez por onde justificar o furor de midia em torno dela. Em meu confortável ofício de crítico do que não vi, posso atestar que ISSO é arte.


Grande Yoko. Pena que perdi o evento. Deviam dar a ela uma coluna no Globo.
* (Na verdade quem montou a tal exposição com os quadros no chão foi a Bia Lessa, olha o que o Jabor me faz escrever. Dá no mesmo, essas cenógrafas são muito parecidas).


quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Arnaldo Jabor as Darth Vader

Se eu fui ler a coluna de Arnaldo Jabor como quem vai cometer um crime eu não sei, mas certamente fui como um voyeur.

Jornal O Globo, Segundo Caderno, pg. 10, dia 09 de outubro de 2007:

'Nesta platéia, há um ritual de comício

Fui ver o "Tropa de elite" como quem vai cometer um crime, fui assistir ao filme para me "purificar", mergulhando em um poço que imaginava tenebroso.

No tempo do Esquadrão da Morte, tudo que o bandido destinado a "presunto" implorava aos policiais, com o fio de náilon passado em seu pescoço, era que eles avisassem a hora em que iam seccionar sua carótida, afogando-o em sangue. Mas os caras maus não diziam, e o fio era puxado de repente e zás... pescoço cortado. A namorada de um matador me contou que ele se masturbava, enquanto executavam o vagabundo no terreno baldio, lentamente, com peixeira, para dar tempo de gozar no lenço.

Fui ver o "Tropa de elite" ansioso para fazer uma trip criminal contra minha antiga e cultivada "bondade": tesão de ser mau, querendo gozar com a violência. Não com a violência "estética" de lixos fascistas como o filme "300", com cabeças e braços voando em câmera lenta, nem com Chuck Norris e outros assassinos. Não estava querendo ver os balés de corpos massacrados do cinema americano, o prazer da morte, eles, sim, "fascistas", esta vaga palavra mussolínica. Eu queria sentir o prazer da vingança, interpretado pelo meu "procurador" Wagner Moura, que, aliás, está genial no papel.

Já tinha visto "Notícias de uma guerra particular", a obra-prima de João Moreira Salles, (será que este nome renascentista se aplica a um filme como aquele?). Já tinha visto o excepcional "Ônibus 174", também de José Padilha (aliás, o maior sucesso do cinema brasileiro no mundo), mas esses e outros, como o "Cidade de Deus", provocaram em mim apenas um vago mal-estar político, uma indignação culposa, uma malaise humanista diante da bestialização da vida brasileira, provocada pela inexistência de poderes públicos e pela influência da multinacional da cocaína, cujos líderes políticos aqui, na América Latina e anglo-saxônica, impedem a legalização das drogas, para manter o lucro de bilhões. Essas e outras obras de denúncia política me davam uma espécie de "consolação" pela comiseração ou o lamento da miséria (como nomeou Marx em seu texto sobre os folhetins de Eugene Sue). Aliás, a miséria e a violência também já me foram "úteis" como assunto ou para eu posar de bacana, de politicamente correto, assim como já serviu a muito cineasta e literato para ganhar dinheiro, condenando-a.

Mas, quando eu fui ver o "Tropa de elite", eu não queria socialismo nem consolação; eu queria vingança. Tinha lido nos jornais a eterna polêmica de nossos intelectuais dualistas: progressista ou fascista? Esquerda ou direita? Essa gente só consegue raciocinar com um cuco na cabeça, batendo o pêndulo como um colhão pendurado, tentando enquadrar a realidade num conteúdo ideológico qualquer. Muito bem. Fui.

Entrei no cinema ofegante, ocultando-me na gola do sobretudo como um suspeito, e vi o filme.

E verifiquei que o filme não era um filme. Calma, não estou esculhambando. Era mais que um filme: era um evento, uma experiência. Ninguém foi "vê-lo" - foram senti-lo, vivê-lo.

Em filmes recentes (e esse é um deles), há uma urgência até meio "antiartística". Tudo parece um grande videoclipe jornalístico, tudo é um berro assumido como um manifesto, para dar conta de uma realidade terrível mas invisível no dia-a-dia. Não há lugar para a "arte". A única mise-en-scène do filme é não ter mise-en-scène. Por exemplo, no "Notícias de uma guerra particular", ainda há uma forma: a tensa banalidade de tudo, a trágica beleza de nossa impotência diante dos fatos mostrados. Ali, está a arte. Em "Ônibus 174", Brecht se vira no túmulo quando, num raro momento da história do espetáculo, o seqüestrador (que sabemos que vai morrer, ao lado da moça também condenada) se vira para a câmera, para nós, no olho, na platéia, e berra: "Isso aqui não é filme, não! Aqui é a realidade!" Ali, explode a arte, ali viramos ao avesso e somos ejetados da sala, caindo em lugar nenhum.

Neste filme, não. No "Tropa de elite", a importância não está na narrativa (até bem "americana"); a importância não está no que ele concluiria ou nos ensinaria (já houve tempo em que queríamos "conscientizar" as pessoas com o cinema... já houve tempo em que a arte tinha a esperança de sedimentar ensinamentos...). Neste caso, não: a importância do filme é ter nos transformado em personagens.

As milhares de cópias piratas buscadas com fome, as platéias sideradas quase sexualmente pelo sangue mostram que nós somos os personagens de um país sem enredo, que estamos famintos de que algo aconteça, de que alguma forma de justiça se faça, de que alguma organização apareça, de que não haja só aquela polícia podre que rouba peças de carros da PM para vender, de oficiais pegando jabá do bicho, de que haja heróis incorruptíveis e machos vingadores de nossa insegurança. E senti no ar até uma certa decepção na platéia com a "crise", o breakdown do Wagner Moura. E me angustiei ao ver que o filme é tão perplexo como nós. Não sabe o que dizer, pois não há nada mais a dizer.

As multidões vão ver esse filme porque querem que ele seja uma resposta.

Não interessa se "Tropa de elite" é um filme ruim ou bom. O que conta é a fome de "solução" que ele desperta em nós.

Infelizmente, Wagner Moura, nem ninguém, nos salvará. O filme exibe a nossa impotência, diante do crime e da desordem republicana, nossa dolorosa decadência provocada pela política imunda que paralisa o país.'

sábado, 6 de outubro de 2007

Senador Pedro Simon tells us to take to the streets -- and he is completely right!!!

Jornal O Globo, 5 outubro 2007:

"...Quando Simon se preparava para subir à tribuna, Renan saiu.

-- Quem espera deste Congresso medidas que mudem a realidade brasileira, quem espera do Judiciário, quem espera do presidente Lula vai morrer esperando, porque elas não vão sair se o povo não for para as ruas. Não estou falando em ir para as ruas num movimento de violência, de radicalismo, nem num movimento de empresários. Estou falando de um movimento da sociedade. Sim, pintar a cara de verde e amarelo, vir para a frente do Congresso, ir para a frente do Supremo, da Presidência, e cobrar as transformações éticas, morais, de dignidade e de seriedade da sociedade brasileira -- propôs."

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Where did all the science go?

Have you tried to find science articles on cnn.com? Good luck! There is no longer a tab labelled "Science" that you can click at the top of their homepage. You have two choices, now. Either you scroll all the way down to the bottom of their homepage to the section entitled "More News," and you will see that the second to last item on the right column is labelled "Science," or, conversely, you can go to their homepage, and at the top of the page there is a tab for "Tech."

If you click on "Tech," and you want to find the "Science" section, you must scroll down to the very bottom of the page to find it. It is on the absolute bottom left of the page.

For the last 35 years, educators in the United States have been decrying the lack of science knowledge of U.S. students.

But CNN's move to eradicate science from their website is not a change in attitude. They began to dumb down their website from the moment that Ted Turner sold CNN to Time-Warner. After that, all of the meat and substance was removed from their articles, and the grammar and vocabulary went straight down hill as well. What a shame! And shame on them!

N.B. SEE THE POST DIRECTLY UNDER THIS ONE TO FIND OUT WHERE THE INTERNATIONAL HERALD TRIBUNE HIDES THEIR SCIENCE ARTICLES.

Note of November 17, 2007: it seems that CNN is attempting to improve its pitiful excuse for a science section, but you'll still have to dig for it.
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terça-feira, 18 de setembro de 2007

Police State at the University of Florida, Kerry Event, a student tasered for exercising his right of free speech

Nobody seems to remember how it was when Nixon was the President of the United States and J. Edgar Hoover ran the F.B.I.

http://br.youtube.com/watch?v=iqAVvlyVbag



Kerry was a presidential candidate without substance, and now he has proven that he is a man without substance.

And, now I do not know what is worse. Look at these two talking heads on MSNBC, the first one acting like it was justifiable to interrupt the process of free speech with police force, and the second one laughing. Notice the sound track. You can hear the taser being used, not once, not twice, not thrice, but even longer -- bzzzzzzt, bzzzzzzt, bzzzzzzzt, bzzzzzzt, bzzzzzzzt.



href="http://br.youtube.com/watch?v=tCBcOQkUNjI">
http://br.youtube.com/watch?v=tCBcOQkUNjI

Arnaldo Jabor -- Não são quarenta ladrões, são quarenta guerreiros

O Globo, 18 setembro 2007

Temos de entender a psicologia social de nossos escândalos

Uma coisa me incomoda, me intriga nesta absolvição do Renan Calheiros: tanta é a indignação pública, tanta é a unanimidade em torno da ética contra os 46 senadores, que tenho a sensação de estarmos a analisar este fenômeno com instrumentos do passado. Ficamos tão "nobres" em contraposição à sordidez dos senadores que também desconfio. Eu mesmo roguei pragas bíblicas contra eles. Mas este fato é tão rico que deveria ser analisado sob a luz da ciência política, com uma postura menos indignada, pois a indignação se esvai como uma purificação e dá lugar a uma calmaria psíquica - a sordidez assimilada como mais uma desilusão. Esses 120 dias de cinismo e mentiras demandam pesquisa científica.

É fácil analisar os seis abstinentes comandados pelos sonsos Aloísio Mercadante e Ideli Salvatti. É fácil entender o mensalão mental que levou o PT e Lula a lutarem por Renan. É fácil entender pessoas de formação (não digo "marxista" para não sujar seu santo nome em vão), mas de formação mediocremente "socialista", enquistada em adolescentes dos anos 60 ou 70, o esquematismo subideológico que invadiu as universidades e o PT há 20 anos, transformando um partido que surgiu como fato novo num clube de ignorantes e oportunistas, comandados pelo rico lobista Dirceu. Ideli Salvatti, por exemplo, é a típica tarefeira sem opinião, que defende qualquer ordem do PT como se fosse uma mulher dedicada ao marido, mesmo que ele fosse assassino ou ladrão. Também é óbvia a derrocada depressiva de Aloísio Mercadante. Ele era esguio, bonito, filho de militar, com costas quentes, economista "orgânico" às ordens do partido, mas tinha um lugar límpido. No entanto, por mistérios do inconsciente, caiu para gestos obscuros, como o caso do dossiê na campanha contra Serra, chegando agora à tarefa humilhante de congregar os abstinentes, por ordens de Lula. É fácil entender a mente do pretenso "revolucionário" no poder. Em nome de uma causa, como fez Delúbio ou Silvio Pereira, se incriminam pelo prestígio dos chefes. Mercadante tem um bigode de Stalin ou Zapata, bigode "de esquerda" que evocava macheza e retidão, sem esquecer, claro, os bigodinhos com o desenho matreiro, que sugerem esperteza, rapinagem, de gente como Jucá e tantos outros bigodes nordestinos. No caso do Mercadante, explicou por que se absteve, seu bigode empalideceu e murchou de depressão. Os comunas do mal são fáceis de entender mas... e os outros?

A estética do baixo clero

Figuras que me encantam são os suplentes, como o Wellington Salgado ou o Sibá. Nunca tiveram um só voto. Por que Wellington defendeu tanto o Renan? Grana, não foi. Wellington é muito rico, dono de universidade, apesar de seu QI 0.5, incapaz de terminar um raciocínio, enquanto balança os cabelos ao vento, de terno, num mix de hippie com executivo. O ardor com que ele, Sibá, Almeida Lima e outros que defenderam os mensaleiros e o Renan mostra bem que eles professam uma ética sólida, clara, a ser estudada.

Intelectuais e jornalistas denunciam-nos em nome do "bem", como se eles fossem o "desvio" de uma norma, de uma ética que eles nunca tiveram. Eles são de outro país mental. Eles não pensam assim: "Eu sou um canalha, covarde, comprado por trinta dinheiros..." Não, todo canalha tem uma racionalização que os explica e absolve. Não se trata de "ética", é algo que vai além dela: é uma cultura secular, que se adapta a novos tempos e reage como mecanismo de defesa.

Sinto nesses parlamentares o prazer, a volúpia de ir contra o senso comum, contra o que a maioria pensa. Há uma ética sádica, de contrariar a população, de proteger uma obscuridade secreta, de defender o direito ao roubo, o direito à mentira como um bem precioso, um direito natural. Eles se banham na beleza de um "baixo maquiavelismo", no cinismo dos conchavos, atribuem uma destreza de esgrima às chantagens e manipulações. "Esperteza" é um elogio muito mais doce do que "dignidade". A resistência espantosa de Renan se explica como um "heroísmo" em prol do personalismo colonial atávico, contra a "violência" do que chamamos de "interesse público" ou de "democracia". Renan é um "defensor" dos que votaram nele.

Neste episódio todo, precisamos entender que o Atraso é um desejo, uma ideologia! Se a democracia se impuser, se a transparência prevalecer, como vão ser felizes as famílias oligárquicas? Como vão vicejar as fazendas imaginárias, as certidões falsificadas, os rituais das defraudações, as escrituras e contratos superfaturados? Que será da indústria da seca, não só da seca do solo, mas a seca mental, onde a estupidez e a miséria são cultivadas para o serviço da burguesia política? Como ficarão as amantes fixas, como se exercerão as doces camaradagens corruptas em halls de hotel, os almoços gordurosos, as cervejadas de bermudão e gargalhadas, a boçalidade autoritária, as "carteiradas", os subornos e as chaves de galão? Como serão os jantares domingueiros, como se manterão a humilhação e a fidelidade consentida das esposas de Botox, o respeito cretino dos filhos psicopatas? Como se manterá a obediência dos peões, dos serviçais analfabetos? Que será do "sistema" cafajeste e careta que rege o país?

E, por entre esse baixo clero, deslizam os "generais" da oligarquia. Sarney desliza com seu jaquetão de teflon, desliza como um cisne negro de bigode, como se vogasse numa lagoa de realpolitik nordestina. Sarney é um monumento a si mesmo, feito de literatura, 40 anos de poder inútil (o Maranhão é um deserto de miseráveis), narcisismo e allure de estadista calmo. Que defende Sarney? Ele é o defensor da continuidade do Atraso, da doce paz paralítica, é um guardião da tradição oligárquica, para manter a imobilidade do pântano colonial, do melaço imóvel nos tachos patrimonialistas.

É preciso entender que a absolvição de Renan Calheiros e sua resistência quase "heróica" respondem a uma ideologia molenga, mas muito poderosa e que não quer morrer! Não foram 40 ladrões; foram 40 resistentes em luta por seus direitos.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A Entrevista com Juíza Mônica Labuto por Paulo Henrique Amorim

O Site de Paulo Henrique Amorim -- Conversa Afiada:


http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/454001-454500/454463/454463

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"Leia a íntegra da entrevista com Monica Labuto:

Paulo Henrique Amorim – Segundo o Jornal O Globo de hoje (dia 11), o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio decidiu por 19 votos a dois abrir processo disciplinar contra a juíza Monica Labuto, titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Madureira. Eu estou dou a doutora Monica Labuto no telefone, doutora Monica, a senhora vai bem?

Monica Labuto – Tudo bem.

Paulo Henrique Amorim – É um prazer falar com a senhora.

Monica Labuto – Igualmente.

Paulo Henrique Amorim – Doutora Monica, eu me lembro de reportagens na televisão em que a senhora aparecia com uma luz fraca, com a mesa no meio da rua em Madureira, usando o seu computador e atendendo as pessoas que procuravam a Justiça. É por isso que o Tribunal de Justiça quer processá-la?

Monica Labuto – Sim. Na verdade o prédio aqui do Fórum de Madureira é o único prédio que às 21h ele acende um alarme automático e os juizes tem que ser expulsos dos gabinetes. E como eu tenho que fazer fiscalização noturna, porque o Estatuto da Criança e do Adolescente diz que eu tenho que fazer fiscalizações em bares boates e congêneres, casas de prostituição e os horários são sempre depois das nove horas se torna impossível eu fazer esse tipo de fiscalização com o Fórum fechado. Então, na verdade quando eu estava na calçada eu estava aguardando, eu já tinha despachado a minha equipe de comissários para fazer as diligências, as fiscalizações nesses bares e estava aguardando o retorno delas, dessas diligencias. E aproveitei, enquanto estava aguardando o retorno, eu estava fazendo um convênio, batendo um convênio no computador e distribuí o Estatuto da Criança os transeuntes e os transeuntes que passavam também preenchiam formulários de denúncia, aqueles que queriam fazer alguma denúncia de irregularidades envolvendo crianças e adolescentes.

Paulo Henrique Amorim – Agora, aparentemente o desembargador José Carlos Murta Ribeiro, que é o presidente do Tribunal de Justiça ele considera que a senhora cometeu uma falta disciplinar. O que a senhora vai dizer em sua defesa?

Monica Labuto – Bom, não existe horário para o fim do expediente, existe horário mínimo de trabalho e não horário máximo. Então, o horário do serviço é quando termina o serviço. Então eu não tenho horário máximo para trabalhar, tenho horário mínimo que o código exige que é de uma às cinco da tarde. Agora, o máximo é quando acabar a tarefa. Se a tarefa acabar às oito, acabou às oito, se acabar às quatro da manhã, acabou às quatro da manhã a gente só sai quando todo o serviço está findo e não quando o alarme toca, porque o meu dever funcional não pode ficar subordinado a um alarme de segurança.

Paulo Henrique Amorim – E a senhora tem o conhecimento do teor do processo que corre contra a senhora.

Monica Labuto – Sim, eu fui citada...

Paulo Henrique Amorim – Por que?

Monica Labuto – Ele alega que eu expus o Judiciário em uma situação constrangedora e que isso maculou a dignidade do Judiciário na medida em que eu fiquei na calçada que seria uma forma de colocar o Judiciário de uma forma vexatória, mais ou menos essas as argumentações.

Paulo Henrique Amorim – E a senhora vai defender a si própria ou a senhora vai contratar um advogado?

Monica Labuto – Eu tenho um advogado. Na verdade, eu sou obrigada a contratar um advogado. Então eu tenho um advogado que o advogado da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, que tem me dado também todo apoio, assim como a Associação dos Magistrados Brasileiros. É bom que o senhor saiba que, mesmo após esses fatos, o fórum continua fechando às 21h.

Paulo Henrique Amorim – Entendi. E, portanto, a vigilância às casas noturnas, às casas de prostituição não podem ser realizadas?

Monica Labuto – Não estão sendo fiscalizadas. Apesar de as denúncias estarem se acumulando. Porque já havia as denúncias anteriores e estão a cada vez chegando novas denúncias.

Paulo Henrique Amorim – E a senhora não está podendo trabalhar ou está podendo trabalhar?

Monica Labuto – Às 20h55 eu sou obrigada a parar tudo o que eu estou fazendo porque as luzes se apagam e o alarme é ligado. Então se estou no meio de uma sentença eu sou obrigada a sair, se eu estou no meio de um despacho eu sou obrigada a sair, se tem uma criança abandonada de rua eu levo para casa ou deixo no cartório, porque às 21h, impreterivelmente, as luzes do fórum são apagadas e o alarme ligado.

Paulo Henrique Amorim – E por que a senhora não trabalha na rua, como fez da outra vez?

Monica Labuto – Essa é a questão. Ou seja, o Tribunal ainda não conseguiu visualizar a necessidade que as Varas da Infância têm fazer um atendimento que independe de um horário de um alarme de um computador. Ou seja, toda a discussão gira em torno de um alarme de segurança que efetivamente pode ser programado para outro horário. Assim como pode ter um reforço policial que permita que a gente trabalhe sem ficar condicionado ao horário do alarme do prédio. Porque, veja bem, o prédio da Vara da Infância em Santo Cristo e o prédio da Vara da Infância na praça 11 estão em situações de muito mais risco do que isso e funcionam até as 04h da manhã.

Paulo Henrique Amorim – Ah, é?

Monica Labuto – Funcionam. Este é o único prédio em que tem este alarme programado para as 21h.

Paulo Henrique Amorim – Dra. Monica, a senhora não acha o limítrofe do ridículo esse processo contra a senhora?

Monica Labuto – Eu acho que eu não cometi nenhuma infração disciplinar, uma vez que eu estava cumprindo o que a lei determina. A lei determina que eu faça fiscalização noturna. E o senhor tem que convir que não existe nenhum baile funk ou festa rave que acabe às 21h.

Paulo Henrique Amorim – Seria uma novidade...

Monica Labuto – Seria uma novidade né?

Paulo Henrique Amorim – O desembargador Murta Ribeiro precisaria encontrar um baile funk que acabe às 21h.

Monica Labuto – Então... realmente os bailes funks e as festas raves iniciam às 24h. Então, o horário que normalmente a gente consegue lavrar mais autos de infração é entre as 02h da manhã e as 04h da manhã, justamente quando o baile já encheu e você consegue encontrar as irregularidades.

Paulo Henrique Amorim – Está certo. Agora, a senhora, pelo menos, se livrou de um...

Monica Labuto – Afastamento temporário.

Paulo Henrique Amorim – De um afastamento temporário, né?

Monica Labuto – Sim. O afastamento temporário, não se todos entendem, os ouvintes, mas é bom entender, porque na verdade o prejuízo é do erário. Porque eu fico em casa recebendo absolutamente tudo o que eu ganho sem trabalhar. Na verdade o prejuízo é para o contribuinte que paga o meu salário sem que eu trabalhe.

Paulo Henrique Amorim – Está certo. Se a senhora for condenada nesse processo disciplinar, o que acontece com a senhora?

Monica Labuto – Bom, tem vários tipos de condenação, mas evidentemente que eu vou recorrer sempre. Tem advertência, censura, remoção compulsória, aposentadoria proporcional ao tempo de serviço e a pena de demissão. A lei orgânica da magistratura prevê cinco tipos de penalidades. Então eu posso ser absolvida ou posso receber qualquer uma dessas penalidades.

Paulo Henrique Amorim – Quer dizer, existe a possibilidade de a senhora ser aposentada compulsoriamente porque estava querendo trabalhar?

Monica Labuto – Sim. E também proporcional ao tempo de serviço, que eu também diria que também é um prejuízo ao erário. Porque eu praticamente já tenho o tempo de serviço para me aposentar... porque também não haveria prejuízo meu, pessoal, e sim ao erário na questão da previdência.

Paulo Henrique Amorim – Está certo. A que horas o desembargador José Carlos Murta Ribeiro sai do serviço? A senhora sabe ou não?

Monica Labuto – Não, eu realmente não sei. Eu posso lhe dizer que eu sou dez anos magistradas, sete anos eu fui servidora do Tribunal de Justiça. Portanto, eu trabalho na casa há 17 anos e jamais eu vi um prédio fechar às 21h em 17 anos de Tribunal de Justiça. Ou seja, eu como servidora, não como juíza, sempre saí diversas vezes do fórum central às 22h30, às 23h, depois de reuniões com desembargadores, porque eu já fui diretora do Tribunal de Justiça e fazíamos reuniões no final do dia, justamente com os desembargadores para ver as deficiências das diretorias, reuniões com diversos órgãos, com diversos departamentos, era justamente no final do expediente que eram feitas essas reuniões. Então, tanto como servidora como juíza, eu nunca vi... veja bem, uma coisa é o atendimento externo, outra coisa é o trabalho interno. Imagino que o senhor como repórter, como jornalista, não vai nunca ser expulso do seu gabinete de trabalho como jornalista, mesmo que a redação não esteja aberta. Então essa que é a questão: o horário de atendimento ao público é das 09h às 18h. Mas o horário interno para que o serviço funcione, para que o serviço seja colocado em dia, é a hora que o serviço termina. Se terminar às sete é às sete, se terminar às nove é às nove, se terminar às onze é às onze. Ou seja, a hora de ir embora para casa é quando acaba a tarefa.

Paulo Henrique Amorim – A senhora está disposta a ir até o supremo?

Monica Labuto – Estou disposta."

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

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CANSEI !!!!!!!
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Senado do Brasil: R. I. P.

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terça-feira, 11 de setembro de 2007

A Young Greek Designer of Incredibly Delicate Taste and Style: Sheer Pleasure in Viewing


When was the last time you saw something as refined and refreshing to the soul as this young woman's designs? Simply lovely!

Click here for a link to an album of her designs: http://eventdesign.phpnet.us/

and here for a link to her blog:
http://arhontia.blogspot.com/

Please Don't Tell Me That You Think This Is Normal...Please?

The headline reads (loosely translated): Police official says that drug traffickers would not have fired shots at the train if they had known that public officials were on board.

Does this imply that they can be forgiven for not having been informed in advance of the occupants of the train?

Meu deus!

And, where does that leave the rest of us ordinary citizens?

Hello! Earth calling Pluto!

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/09/11/297672282.asp


The Honourable Judge Mônica Labuto em perigo de demissão

For those of you who know little about the bureaucracy in Rio de Janeiro, I can tell you that it is both labyrinthine and Byzantine with very little motivation to change for the better. Although Brazilians from the south are often prejudiced against those of us in the northeast, let me just point out that, there in Rio de Janeiro, the average time it takes to register a new business with the state tax authorities is 110 days! (Although they are trying to reduce this to 60 days.) Here, in Bahia, a micro-empresa can be registered with the "receita estadual" in 2 hours!!!!!!!!! using the Internet. ACM was reputed to be a great thief, but he was the old-fashioned type and at least spent some of the money on improvements around his state. (Don't get me wrong -- I am not a fan of his or any other corrupt official, but I just wish to point to the differences.)

Another example is what is going on down in Rio right now with the Municipal Theatre. It is disheartening to see that some of the best of Rio is going straight down the tubes due to Cabral's disinterest. I am lifting the quote below from one of my favorite bloggers (REALITY IS OUT THERE):

"O governador Sérgio Cabral inaugurou -- ou pelo menos exerce com maestria -- um novo estilo de governar: o estilo tô-nem-aí-e-me-orgulho-disso."

(The italics are his, the boldface is mine.)

And, in a supreme example of the massive forces in favor of inertia, a judge in Rio de Janeiro who felt like really doing some productive and useful work is in danger of being fired for working too hard!:

From G1, the portal for news from Globo, Rio de Janeiro edition, 10 September 2007:

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL102010-5606,00.html

"Juíza que despachou na calçada responde processo administrativo

Magistrada continua trabalhando durante julgamento.
Juíza pediu para que fórum ficasse aberto até mais tarde, mas não conseguiu.

A juíza Monica Labuto, que decidiu trabalhar no meio da rua em um gabinete improvisado na calçada no dia 12 de agosto, depois que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou um pedido para que o Fórum de Madureira ficasse aberto após às 21h, responderá a um processo administrativo. Por enquanto, ela não será afastada do cargo.

Segundo a juíza, a duração do processo pode ser de até 180 dias. Serão ouvidas testemunhas de defesa e acusação. A pena aplicada pode ser de advertência, censura, remoção compulsória, aposentadoria proporcional ao tempo de serviço ou demissão.

O recebimento do processo ocorreu nesta segunda-feira (10) no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio. Dos 21 desembargadores presentes, dois votaram pelo arquivamento do caso. A representação foi oferecida pelo presidente do TJ, Murta Ribeiro.

A juíza resolveu não assistir o recebimento do processo. Segundo ela, apenas o advogado estava presente. “Eu resolvi ficar de fora, porque poderia haver alguma discussão entre desembargadores”, disse ela, que informou que esse foi o primeiro julgamento de magistrados aberto para o público.

Mônica Labuto, da Vara da Infância e da Juventude do Fórum Regional de Madureira, havia planejado uma blitz em casas noturnas da região e pedira para ficar no fórum até mais tarde.

O prédio, no entanto, que só tem um vigia, foi fechado por falta de segurança e o pedido da juíza negado. Sem poder entrar, Mônica realizou os despachos na calçada.

Um policial foi enviado, quase no final da noite, para reforçar a segurança do fórum, a pedido do Tribunal de Justiça. Mas, por falta de quem abrisse o portão, ficaram os dois na calçada.

Segundo Mônica Labuto, quatro casas noturnas foram autuadas durante a noite por terem permitido a entrada de menores de idade. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, José Carlos Ribeiro, disse que a juíza tem que seguir a hierarquia, a disciplina e os horários de funcionamento do fórum.

Mônica reclama que quase um mês depois do ocorrido o fórum continua não abrindo depois das 21h."

What did this judge do that was so wrong? Oh, but, hey, they are going after her under this definition:

"A representação é baseada numa norma do Conselho Nacional de Justiça que prevê punições para o juiz que agir de forma 'incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas funções'."

Loosely translated -- they are saying that she might be punished for acting in a manner that was incompatible with the dignity, honor and decorum of her function.

Anyone who has been watching the Brazilian Supreme Court novela should have a good laugh at this one. Thank God the Globo reporters were taking photos of the justices' laptops or the whole lot of those scoundrels would probably have gotten off.





sábado, 8 de setembro de 2007

Pavarotti receives last standing ovation

By COLLEEN BARRY, Associated Press Writer , Sat., Sept., 2007, 8, 4:58 p.m. ET

MODENA, Italy -- Luciano Pavarotti received a final, tearful standing ovation at his somber funeral Saturday after a recording of the Italian tenor and his father singing "Panis Angelicus" filled his hometown cathedral.

Many of the mourners cried as Pavarotti's unmistakable voice filled the cathedral, a poignant reminder of the talent lost with his death Thursday at age 71 after a yearlong battle with cancer.

Pavarotti and his father had sung the duet in 1978 in the same cathedral — an event Archbishop Benito Cocchi said was described by someone who attended it as "a weaving of two tenors."

In a series of eulogies, Pavarotti was remembered as one of the world's greatest singers, a symbol of Italy, a humanitarian and — in a message from his 4-year-old daughter Alice — a father.

"Papa, you have loved me so much. I know you will always protect me," his daughter said in a message read during the service, while her mother, Nicoletta Mantovani, sobbed in the front row.

Among the 700 guests were Italian Premier Romano Prodi, U2 lead singer Bono, U2 guitarist The Edge, movie director Franco Zeffirelli and former U.N. Secretary-General Kofi Annan. Also sitting in the front row were Pavarotti's first wife, Adua, his three grown daughters and his sister.

The 90-minute service was filled with music, from Bulgarian-born soprano Raina Kabaivanska, who cried as she sang the opening hymn, Verdi's "Ave Maria," to tenor Andrea Bocelli's "Ave Verum" during the communion. Flutist Andrea Griminelli played a solo.

Thousands of admirers filled the piazza outside the cathedral watching the service on a big screen. The crowd erupted in applause when the white, maple casket covered with flowers — including Pavarotti's favorite, sunflowers — was carried outside by 11 pallbearers. At the same instant, the Italian air force's precision flying team roared overhead, trailing vapors of green, red and white — the colors of the Italian flag.

Modena's streets were filled with admirers who applauded as a black hearse bearing Pavarotti's body went by. The tenor was buried at Montale Rangone cemetery, where members of his family, including his parents and stillborn son Riccardo, are also interred.

In his homily, Cocchi said the presence of so many dignitaries was a sign "of the esteem, the affection and the gratitude that universally surrounds the great artist."

But he said it was also significant how Modena residents paid tribute to their native son, breaking their silent vigil outside the cathedral when Pavarotti's body arrived Thursday night with applause "not joyous, as in other occasions, but intense and sincere."

"The death of Luciano Pavarotti has made us feel more impoverished," the archbishop said. "The maestro was and will always be a symbol for our city."

Pope Benedict XVI sent a telegram, saying Pavarotti had "honored the divine gift of music through his extraordinary interpretative talent."

Prodi praised Pavarotti for his humanitarian work and peace efforts and also expressed the gratitude of all Italians for the image of the nation he carried to all corners of the globe.

"Italy is sad today but it is also proud of him," Prodi said during the service. "Here, in the cathedral of his hometown, Italy expresses its gratitude to him."

Pavarotti was beloved by generations of opera-goers and pop fans alike for his breathtaking high Cs, hearty renditions of popular folk songs like "O Sole Mio" and collaborations with singers such as Bono, with whom he recorded "Miss Sarajevo" in 1995 to raise money to help rebuild Bosnia.

Pavarotti was the world's best-selling classical artist, with more than 100 million records sold since the 1960s, and he had the first classical album to reach No. 1 on the pop charts.

During a public viewing period that began Thursday night and continued until hours before the funeral, more than 100,000 people filed past Pavarotti's casket and filled condolence books placed by vases of sunflowers outside the cathedral. Similar books are being made available at Italian embassies and consulates around the world, the Foreign Ministry said.

"You can feel the legend. You feel it from the air that circulates inside the cathedral," said Susy Cavallini, a 43-year-old Modena resident. "He was an exceptional man, for his humanity, for his culture and for his friendships."

That Pavarotti — a divorced man who had a child out of wedlock — was given a public viewing and a funeral in the cathedral spurred some debate. A Modena parish priest, the Rev. Giorgio Bellei, told the Corriere della Sera daily newspaper that the move amounted to "profanation of the temple."

Other critics noted that last year, the Catholic church in Rome refused to grant a religious funeral to a paralyzed man who had a doctor disconnect his respirator.

Funeral director Gianni Gibellini said Bellei should have "kept his mouth sewn shut" and that the Modena bishop had approved Pavarotti's funeral plans.

Cocchi appeared to address the issue, saying, "Pavarotti, with a faith that he never repudiated or hid and which he expressed consistently with his singing, is no stranger in this cathedral."

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

The Day the Music Died

Luciano Pavarotti, Italian tenor, is dead at 71

by Bernard Holland

Published by the International Herald Tribune, online, September 6th, 2007

Luciano Pavarotti, the Italian singer whose ringing, pristine sound set a standard for operatic tenors of the postwar era, has died. He was 71.

His death was announced by his manager. The cause was pancreatic cancer. In July 2006 he underwent surgery for the cancer in New York and had made no public appearances since then. He was hospitalized again this summer and released on Aug. 25.

Like Enrico Caruso and Jenny Lind before him, Pavarotti extended his presence far beyond the limits of Italian opera. He became a titan of pop culture. Millions saw him on television and found in his expansive personality, childlike charm and generous figure a link to an art form with which many had only a glancing familiarity.

Early in his career and into the 1970s he devoted himself with single-mindedness to his serious opera and recital career, quickly establishing his rich sound as the great male operatic voice of his generation — the "King of the High Cs," as his popular nickname had it.

By the 1980s he expanded his franchise exponentially with the Three Tenors projects, in which he shared the stage with Plácido Domingo and José Carreras, first in concerts associated with the World Cup and later in world tours. Most critics agreed that it was Pavarotti's charisma that made the collaboration such a success. The Three Tenors phenomenon only broadened his already huge audience and sold millions of recordings and videos.

nd in the early 1990s he began staging Pavarotti and Friends charity concerts, performing side by side with rock stars like Elton John, Sting and Bono and making recordings from these shows.

Throughout these years, despite his busy and vocally demanding schedule, his voice remained in unusually good condition well into middle age.

Even so, as his stadium concerts and pop collaborations brought him fame well beyond what contemporary opera stars have come to expect, Pavarotti seemed increasingly willing to accept pedestrian musical standards. By the 1980s he found it difficult to learn new opera roles or even new song repertory for his recitals.

And although he planned to spend his final years, in the operatic tradition, performing in a grand worldwide farewell tour, he completed only about half the tour, which began in 2004. Physical ailments, many occasioned by his weight and girth, limited his movement on stage and regularly forced him to cancel performances. By 1995, when he was at the Metropolitan Opera singing one of his favorite roles, Tonio in Donizetti's "Daughter of the Regiment," high notes sometimes failed him, and there were controversies over downward transpositions of a notoriously dangerous and high-flying part.

Yet his wholly natural stage manner and his wonderful way with the Italian language were completely intact. Pavarotti remained a darling of Met audiences until his retirement from that company's roster in 2004, an occasion celebrated with a string of "Tosca" performances. At the last of them, on March 13, 2004, he received a 15-minute standing ovation and 10 curtain calls. All told, he sang 379 performances at the Met, of which 357 were in fully staged opera productions. In the late 1960s and 70s, when Pavarotti was at his best, he possessed a sound remarkable for its ability to penetrate large spaces easily. Yet he was able to encase that powerful sound in elegant, brilliant colors. His recordings of the Donizetti repertory are still models of natural grace and pristine sound. The clear Italian diction and his understanding of the emotional power of words in music were exemplary.

Pavarotti was perhaps the mirror opposite of his great rival among tenors, Domingo. Five years Domingo's senior, Pavarotti had the natural range of a tenor, leaving him exposed to the stress and wear that ruin so many tenors' careers before they have barely started. Pavarotti's confidence and naturalness in the face of these dangers made his longevity all the more noteworthy.

Domingo, on the other hand, began his musical life as a baritone and later manufactured a tenor range above it through hard work and scrupulous intelligence. Pavarotti, although he could find the heart of a character, was not an intellectual presence. His ability to read music in the true sense of the word was in question. Domingo, in contrast, is an excellent pianist with an analytical mind and the ability to learn and retain scores by quiet reading.

Yet in the late 1980s, when both Pavarotti and Domingo were pursuing superstardom, it was Pavarotti who showed the dominant gift for soliciting adoration from large numbers of people. He joked on talk shows, rode horses on parade and played, improbably, a sex symbol in the movie "Yes, Giorgio." In a series of concerts, some held in stadiums, Pavarotti entertained tens of thousands and earned six-figure fees. Presenters, who were able to tie a Pavarotti appearance to a subscription package of less glamorous concerts, found him a valuable loss leader.

The most enduring symbol of Pavarotti's Midas touch, as a concert attraction and a recording artist, was the popular and profitable Three Tenors act created with Domingo and Carreras. Some praised these concerts and recordings as popularizers of opera for mass audiences. But most classical music critics dismissed them as unworthy of the performers' talents.

Ailments and Accusations

Pavarotti had his uncomfortable moments in recent years. His proclivity for gaining weight became a topic of public discussion. He was caught lip-synching a recorded aria at a concert in Modena, his hometown. He was booed off the stage at La Scala during 1992 appearance. No one characterized his lapses as sinister; they were attributed, rather, to a happy-go-lucky style, a large ego and a certain carelessness.

His frequent withdrawals from prominent events at opera houses like the Met and Covent Garden in London, often from productions created with him in mind, caused administrative consternation in many places. A series of cancellations at Lyric Opera of Chicago — 26 out of 41 scheduled dates — moved Lyric's general director in 1989, Ardis Krainik, to declare Pavarotti persona non grata at her company.

A similar banishment nearly happened at the Met in 2002. He was scheduled to sing two performances of "Tosca" — one a gala concert with prices as high as $1,875 a ticket, which led to reports that the performances may be a quiet farewell. Pavarotti arrived in New York only a few days before the first, barely in time for the dress rehearsal. The day of the first performance, though, he had developed a cold and withdrew. That was on a Wednesday.

From then until the second scheduled performance, on Saturday, everyone, from the Met's managers to casual opera fans, debated the probability of his appearing. The New York Post ran the headline "Fat Man Won't Sing." The demand to see the performance was so great, however, that the Met set up 3,000 seats for a closed-circuit broadcast on the Lincoln Center Plaza. Still, at the last minute, Pavarotti stayed in bed.

Luciano Pavarotti was born in Modena, Italy, on Oct. 12, 1935. His father was a baker and an amateur tenor; his mother worked at a cigar factory. As a child he listened to opera recordings, singing along with tenor stars of a previous era, like Beniamino Gigli and Tito Schipa. He professed an early weakness for the movies of Mario Lanza, whose image he would imitate before a mirror.

As a teenager he followed studies that led to a teaching position; during these student days he met his future wife. He taught for two years before deciding to become a singer. His first teachers were Arrigo Pola and Ettore Campogalliani, and his first breakthrough came in 1961 when he won an international competition at the Teatro Reggio Emilia. He made his debut as Rodolfo in Puccini's "Bohème" later that year.

In 1963 Pavarotti's international career began: first as Edgardo in Donizetti's "Lucia di Lammermoor" in Amsterdam and other Dutch cities, and then in Vienna and Zurich. His Covent Garden debut also came in 1963, when he substituted for Giuseppe di Stefano in "La Bohème." His reputation in Britain grew even more the next year, when he sang at the Glyndebourne Festival, taking the part of Idamante in Mozart's "Idomeneo."

A turning point in Pavarotti's career was his association with the soprano Joan Sutherland. In 1965 he joined the Sutherland-Williamson company on an Australian tour during which he sang Edgardo to Sutherland's Lucia. He later credited Sutherland's advice, encouragement and example as a major factor in the development of his technique.

Further career milestones came in 1967, with Pavarotti's first appearances at La Scala in Milan and his participation in a performance of the Verdi Requiem under Herbert von Karajan. He came to the Metropolitan Opera a year later, singing with Mirella Freni, a childhood friend, in a production of "La Bohème."

A series of recordings with London Records had also begun, and these excursions through the Italian repertory remain some of Pavarotti's lasting contributions to his generation. The recordings included "L'Elisir d'Amore," "La Favorita," "Lucia di Lammermoor" and "La Fille du Régiment" by Donizetti; "Madama Butterfly," "La Bohème," "Tosca" and "Turandot" by Puccini; "Rigoletto," "Il Trovatore," "La Traviata" and the Requiem by Verdi; and scattered operas by Bellini, Rossini and Mascagni. There were also solo albums of arias and songs.

In 1981 Pavarotti established a voice competition in Philadelphia and was active in its operation. Young, talented singers from around the world were auditioned in preliminary rounds before the final selections. High among the prizes for winners was an appearance in a staged opera in Philadelphia in which Pavarotti would also appear.

He also gave master classes, many of which were shown on public television in the United States. Pavarotti's forays into teaching became stage appearances in themselves, and ultimately had more to do with the teacher than those being taught.

An Outsize Personality

In his later years Pavarotti became as much an attraction as an opera singer. Hardly a week passed in the 1990s when his name did not surface in at least two gossip columns. He could be found unveiling postage stamps depicting old opera stars or singing in Red Square in Moscow. His outsize personality remained a strong drawing card, and even his lifelong battle with his circumference guaranteed headlines: a Pavarotti diet or a Pavarotti binge provided high-octane fuel for reporters.

In 1997 Pavarotti joined Sting for the opening of the Pavarotti Music Center in war-torn Mostar, Bosnia, and Michael Jackson and Paul McCartney on a CD tribute to Diana, Princess of Wales. In 2005 he was granted Freedom of the City of London for his fund-raising concerts for the Red Cross. He also received the Kennedy Center Honors in 2001, and holds two spots in the Guinness Book of World Records — one for the greatest number of curtain calls (165), the other, held jointly with Domingo and Carreras, for the best-selling classical album of all time, the first Three Tenors album ("Carreras, Domingo, Pavarotti: The Three Tenors in Concert"). But for all that, he knew where his true appeal was centered.

"I'm not a politician, I'm a musician," he told the BBC Music Magazine in an April 1998 article about his efforts for Bosnia. "I care about giving people a place where they can go to enjoy themselves and to begin to live again. To the man you have to give the spirit, and when you give him the spirit, you have done everything." Pavarotti's health became an issue in the late 1990s. His mobility onstage was sometimes severely limited because of leg problems, and at a 1997 "Turandot" performance at the Met, extras onstage surrounded him and literally helped him up and down steps. In January 1998, at a Met gala with two other singers, Pavarotti became lost in a trio from "Luisa Miller" despite having the music in front of him. He complained of dizziness and withdrew. Rumors flew alleging on one side a serious health problem and, on the other, a smoke screen for Pavarotti's unpreparedness.

The latter was not a new accusation during the 1990s. In a 1997 review for The New York Times, Anthony Tommasini accused Pavarotti of "shamelessly coasting" through a recital, using music instead of his memory, and still losing his place. Words were always a problem, and he cheerfully admitted to using cue cards as reminders.

A Box-Office Powerhouse

It was a tribute to Pavarotti's box-office power that when, in 1997, he announced he could not or would not learn his part for a new "Forza del Destino" at the Met, the house scrapped its scheduled production and substituted "Un Ballo in Maschera," a piece he was ready to sing.

Around that time Pavarotti also made news by leaving his wife of more than three decades, Adua, to live with his 26-year-old assistant, Nicoletta Mantovani, and filing for divorce, which was finalized in October 2002. He married Mantovani in 2003. She survives him, as do three daughters from his marriage to the former Adua Veroni: Lorenza, Christina and Giuliana; and a daughter with Mantovani, Alice.

Pavarotti had a home in New York but also maintained ties to his hometown, living when time permitted in a villa outside Modena.

He published two autobiographies, both written with William Wright: "Pavarotti: My Own Story" in 1981, and "Pavarotti: My World" in 1995.

In interviews Pavarotti could turn on a disarming charm, and if he invariably dismissed concerns about his pop projects, technical problems and even his health, he made a strong case for what his fame could do for opera itself.

"I remember when I began singing, in 1961," he told Opera News in 1998, "one person said, 'run quick, because opera is going to have at maximum 10 years of life.' At the time it was really going down. But then, I was lucky enough to make the first 'Live From the Met' telecast. And the day after, people stopped me on the street. So I realized the importance of bringing opera to the masses. I think there were people who didn't know what opera was before. And they say 'Bohème,' and of course 'Bohème' is so good.' "

About his own drawing power, his analysis was simple and on the mark.

"I think an important quality that I have is that if you turn on the radio and hear somebody sing, you know it's me." he said. "You don't confuse my voice with another voice."


quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros -- Cansei

16 de Agosto de 2007

Um grito de indignação: CANSEI

Publicado por admin em Campanha | Enviar por e-mail.

Luiz Flávio Borges D´Urso

O Brasil vive, há tempos, uma guerra não declarada. Cerca de 50 mil brasileiros morrem, por ano, vítimas da violência, número que ultrapassa os mortos civis nos conflitos contemporâneos, como o do Iraque. Os dados do IBGE são terríveis: em 20 anos, de 1980 a 2000, cerca de 600 mil brasileiros foram assassinados. A taxa de homicídios subiu 130%. Este contingente é maior do que a soma das vítimas das bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, que foi de 340 mil pessoas. Na guerra civil de Angola, que durou 27 anos (de 1975 a 2002), foram 350 mil mortos. Mais ainda: nesse período, dois milhões de pessoas morreram em nosso país por causas violentas – homicídio, suicídio, acidentes e outras causas não naturais, número que corresponde às populações de Brasília, Fortaleza e de países como a Eslovênia e Kuwait. A taxa de mortalidade de jovens do sexo masculino (15 a 24 anos) por armas de fogo cresceu 95%. Só em 2000, a taxa de mortes por armas de fogo no país foi de 71,7 casos por 100 mil habitantes. É 13 vezes maior do que a taxa americana no mesmo período.

As balas perdidas se multiplicam nos espaços da criminalidade, ceifando a vida de inocentes. A insegurança social expande-se sob o olhar do Estado e do fortalecimento do poder invisível, sob domínio das quadrilhas, gangues de criminosos, traficantes de drogas e armas e grupos para-militares. Verdadeira paranóia social se instala, deixando seqüelas e marcas nos mais variados espaços do território. O medo psicológico se desenvolve ao lado do medo físico, a denotar o desarranjo institucional e social, cujas conseqüências se projetam sobre a desconfiança na capacidade do Estado de dar soluções às demandas das comunidades. Essa moldura explica o fato de já sermos o terceiro maior mercado mundial do carro blindado, depois do México e da Colômbia. Qual é a razão para o crescimento da insegurança social? A resposta dos estudiosos é unânime: a enorme disparidade social reinante no país, aliada à impunidade.

Apesar de o Governo Federal ter implantado um forte programa social, amparado na distribuição de 12 milhões de Bolsas-Família, que abrigam cerca de 40 milhões de pessoas, a disparidade entre as classes sociais é gigantesca, bastando lembrar que 1% dos mais ricos acumulam o mesmo volume de rendimentos dos 50% mais pobres, ou ainda, que os 10% mais ricos ganham 18 vezes mais que os 40% mais pobres. Para qualquer esfera que se contemple, distinguem-se bolsões de miséria. Na maior metrópole do país, São Paulo, há 2,5 milhões de pessoas morando em favelas. E se pararmos para observar as condições de vida dos contingentes populacionais – não apenas dos que habitam enclaves miseráveis – veremos que há um Brasil mergulhado na sujeira. São 48% dos municípios que não dispõem de serviços de esgoto sanitário, enquanto 68,5% dos resíduos das grandes cidades são jogados em lixões e alagados. Apenas 451 cidades fazem coleta seletiva de detritos. Ora, os dados mostram também que 68% das internações nos hospitais públicos se devem às carências do povo na área do saneamento básico. A falta de saneamento prejudica a saúde e eleva gastos com o tratamento das vítimas de doenças.

Quando se volta a atenção para o sistema educacional, depara-se com uma estatística aterradora: 38% dos brasileiros podem ser considerados analfabetos funcionais, ou seja, não são capazes de entender o que lêem. Apenas 25% dos brasileiros acima dos 15 anos dominam as habilidades de leitura e escrita. É possível que a radiografia dos números sociais esteja, até, melhorando nos últimos anos. Mas não se pode dizer que o país exibe situação confortável na área social, fato que os governantes de todas as esferas governativas – União, Estados e Municípios – querem fazer crer. No que diz respeito a determinados setores – como o da segurança pública – a questão se agrava.

Sob essa moldura de fatos e estatísticas inquestionáveis, a Ordem dos Advogados do Brasil - Secção de São Paulo decidiu liderar o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, que recebeu, simbolicamente, o nome de “Cansei”. Ao estar à frente desse Movimento, a OAB SP quer exprimir a indignação de núcleos, setores e grupamentos que não suportam ver proteladas as medidas e as providências do Estado para garantir a harmonia, a segurança e a paz social., colocando a sociedade articulada, participando do enfrentamento desses problemas e colaborando para superá-los.Queremos ser uma Nação próspera, segura, justa e democrática e essa meta exige que os Poderes Constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – assumam por inteiro as suas elevadas funções. Não somos contra nenhum governo, nenhuma autoridade, nenhuma instância de Poder. O nosso escopo se volta para a legítima defesa da sociedade. Não é nossa intenção “fulanizar” o Movimento, estabelecendo relação entre pessoas e a situação do país. Move-nos tão somente o dever cívico de desfraldar a bandeira do bem comum, por este ideal maior que se chama Brasil.

Luiz Flávio Borges D’Urso, advogado criminalista, mestre e doutor pela USP, é Presidente da OAB-SP

sábado, 1 de setembro de 2007

I Love Gmail!!!

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I SURE DON'T KNOW WHAT I WOULD DO HERE WITHOUT IT!
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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

And just when I thought that the world could not get any stranger...

Recently discovered in the Amazon, a homóptero (photo by Pedro Lage Viana of Geoma):
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The article about these recently discovered new species can be found on the site of BBC Brasil:
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http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/08/
070815_amazonia_especies_dg.shtml
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terça-feira, 28 de agosto de 2007

3 Blogs de Outras Mulheres

I. Caminhar de Laura Vive, postagem de 27 de agosto 2007:

Women in Art



II. De blog de Camélia de Pedra, postagem de 3 de agosto 2007:

"Fui assaltada a 40 metros de casa

Há tres dias fui assaltada dobrando a esquina de casa..."


III. De blog de Claudia Perotti (Cor de Dentro):

Terça-feira, 21 de Agosto de 2007

Saudades...

Guardo-te em mim,
segredo tão meu,
dentro do coração,
perto da alma...

Guardo na lembrança
os pensamentos teus,
as letras, os desejos
e as estrelas que torna o teu olhar único
e o mais lindo de todo o universo.

E nas noites escuras
quando uma lágrima
transbordar dos meus olhos
e escorrer por minha face,
delicamente, molhando os lençóis,
é em ti que estarei a pensar.

E na lembrança
essas estrelas
tão tuas
iluminarão
e velarão os meus sonhos
até o dia raiar.

Saudades!
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In Living Color: Men On Art



Men On Vacation
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Men On Films
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Men on Film
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Men on Film II
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sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Pêssego Maravilhoso!!!




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This photo was taken with a Fujifilm Finepix F30 by kaefem.el, and posted on flickr.com
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Pfirsich(e)
Originally uploaded by kaefem.el

Click on this photo! You will not believe your eyes!
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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

ENTREVISTA Larry Rohter, ex-correspondente do NYT

This is from the August 20, 2007, post to the ARQUIVO DE ARTIGOS ETC blog.

A entrevista, sem comentário:
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http://arquivoetc.blogspot.com/2007/08/entrevista-larry-rohter-ex.html

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ALSO:

From the New York Times, March 16, 2007, by Larry Rohter:

'SÃO PAULO, Brazil — Frustrated by their own government’s timidity but encouraged by recent court rulings in Argentina and Chile, Brazilian human rights groups are seeking to overturn an amnesty for human rights abuses that went into effect in 1979, when a right-wing military dictatorship ruled this nation.

A family of five jailed earlier in the 1970s has filed a civil action against Col. Carlos Alberto Brilhante Ustra, who was then the commander of Center for Operations for Internal Defense here. A judge has agreed to hear the complaint, the first time that a Brazilian military officer has been formally called to account for the torture of political prisoners during the dictatorship.

“This has a lot to do with historical context, and not just in Brazil,” said Cecilia Coimbra, a leader of the human rights group Torture Never Again. “Other countries have advanced a lot further, both in terms of punishing those responsible for abuses and opening their archives. And since our government still insists on sitting on the wall, we have to take the offensive ourselves.”

The complainants say that they are not seeking to have Colonel Ustra jailed or forced to pay damages to former prisoners. “Our objective is merely to establish the truth, which is that torture was not an isolated practice, but institutionalized,” said Criméia Schmidt de Almeida, one of the plaintiffs. “We want the state to recognize that he was a torturer, for the sake of the historical record.”

The original law, approved in 1979 by a compliant Congress, granted amnesty for all “crimes related to politics or committed with a political motivation.” Over the years, that phrase, apparently purposefully ambiguous, has been taken to mean that neither the leftist opponents of the military dictatorship, including former armed guerrillas, nor their jailers and torturers, could be held legally accountable for their actions.

“It was a broad, generalized amnesty, for terrorists and torturers alike,” said Jarbas Passarinho, a former army colonel, senator and justice minister who has emerged as one of Colonel Ustra’s main defenders. “I favor the idea of turning the page and moving on, in the interests of national reconciliation.”

But lawyers here who have volunteered their services to human rights groups contend that torture cannot be regarded as a political offense and that it is therefore excluded from the amnesty. And because torture has no statute of limitations under Brazilian law, Colonel Ustra and others could theoretically be indicted under a law outlawing torture that was passed in 1997 meant mainly to prevent police abuses.

The total of those who died or disappeared during the military dictatorship that ruled Brazil from 1964 to 1985 numbers in the hundreds, rather than the thousands who perished in Argentina and Chile over a much shorter period. In the past, governments here had focused on compensating victims and their relatives, but when the leftist Luiz Inácio Lula da Silva was elected president in 2002, human rights groups hoped for a more forceful approach.

Mr. da Silva, however, has disappointed those expectations. When, for example, the military was caught in late 2004 trying to destroy incriminating records and issued a public statement justifying its mistreatment of political prisoners, the president declined to fire or even rebuke military commanders, which led his civilian defense minister, José Viegas, to resign in protest.

“Everything depends on the political context and political will, and I don’t see the political will in Lula’s administration,” José Miguel Vivanco, the executive director of the Americas program of Human Rights Watch, said in a telephone interview from Washington. “Politicians are rational actors. They are willing to challenge the status quo only if they have a constituency or some pressure, and I don’t know if that constituency exists in Brazil the way it does in Argentina and Chile.”

Speaking on behalf of Colonel Ustra, his wife, Joseita, declined a request for an interview with him, saying he is recovering from surgery. But in recent speeches made to military groups before his hospitalization, he suggested that he was not the human rights groups’ only target.

“I am the first, but tomorrow there will be others,” he said in a speech to an audience of more than 400 fellow officers and sympathizers at the Military Club in Rio de Janeiro in January. “I am being judged for a crime I did not commit. It is the revenge of those who were defeated in 1964, many of whom today find themselves in power.”

Colonel Passarinho said that among the people Colonel Ustra had in mind was Dilma Rousseff, Mr. da Silva’s chief of staff. As a member of an armed revolutionary group, Ms. Rousseff, then nicknamed “the guerrilla Joan of Arc,” was involved in a $2.5 million robbery in 1969 and was captured the next year, tortured and held in prison for three years.

Colonel Ustra, 74, is the founder of a group called Terrorism Never Again, formed as a counterpoint to Torture Never Again, and the author of a book, “The Suffocated Truth.” The book was intended to, in his words, “undo the myths, farces and lies to manipulate public opinion” about the period of the dictatorship. He acknowledges that some of his subordinates may have committed abuses, but he insists that he never personally participated in torture sessions. That claim has been contested by human rights groups and former prisoners.

“As commander, he not only knew what was going on, but personally tortured me when I was seven months pregnant,” said Ms. Schmidt de Almeida, a former guerrilla. “He used electricity to shock me not on the anus, mouth and genitals, which was the standard practice then, but on the hands and feet, and he beat me about the head.

“It’s not just me, but Brazilian society as a whole that is living with the consequences of that repression,” she added. “It’s a difficult thing to confront, but there have been important advances in Argentina, Chile and Uruguay, and for our own well-being, we need to resolve this issue, too.” '